
Cabeça apoiada
Na janela do ônibus
coração entregue
nas mãos de alguém lá fora.
Pela janela do ônibus,
vejo o céu onde costumávamos brincar,
vejo as estrelas que você me deu
vejo também aquelas que te dei
vejo a estrela cadente que,
assim como nossos sonhos,
parece cair.
Pela janela do ônibus
vejo o Sol
que brilhava em seus sorrisos
e se refletia no azul dos seus olhos,
vejo a chuva
que nos aquecia num abraço
e onde brincávamos como crianças:
descalços de problemas
e felizes pela doce companhia.
Pela janela do ônibus
vejo os pássaros
cantando nossas canções,
vejo o horizonte,
agora tão vazio de esperança,
E,
Pela janela do ônibus,
Uma lágrima escorre...