sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ressaca


Hoje quando acordei, senti o perfume de ontem
Que me fez lembrar a noite passada,
Lembrar das mãos que passearam no seu corpo,
Das palavras sem sentido sussurradas no ouvido,
Das mordidas, beijos e olhares...
Lembrei daquela festa, do show de luzes piscando,
Da fumaça que encobria a visão,
Da musica ensurdecedora que anulava qualquer conversa.
Lembrei que te vi ao longe e decidi que nessa noite você seria minha;
Lembro de te chamar pra dançar,
De envolver sua cintura nos meus braços
E de tomar sua boca para mim;
Hoje quando acordei e te vi ao meu lado
Percebi o tamanho da besteira que fiz.
Hoje quando acordei, senti a terrível dor da ressaca!

domingo, 25 de julho de 2010

À você


Difícil dizer o quanto você é importante.
Não consigo achar palavras para te explicar
O quanto sou grato por você existir
E, mais ainda, por me dar sua amizade.
Às vezes não te tenho aqui do meu lado,
Mas sempre te sinto presente.
Não importa o tamanho da distancia que nos encontremos,
Eu sinto que terei seu ombro sempre que precisar.
Se ter te encontrado, foi destino, acaso ou carma
Eu não sei dizer,
Mas agradeço a vida por ter me dado tal fortuna.
Porém tenho que confessar que não gosto de você.
Você tem manias que eu reprovo
E vê a vida de modo diferente do meu.
Mas é pra isso que serve os amigos né:
Mostram-nos que a vida pode ter outros ângulos
E que devemos aprender a conviver com as diferenças.
Por isso eu não gosto de você.
Por isso eu te amo!
Amo sua amizade, sua companhia e suas péssimas manias.
Amo sentir surgir um sorriso em meu rosto só de te encontrar.
Amo poder dizer que sou seu amigo!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Figueira


Sentada à beira do lago e á sombra de uma figueira a menina está.
De olhos fechados e de rosto coberto
Ela se nega a ver a vida que passa diante de si.
Os pássaros, o vento e o calor do sol não a alcançam.
Ela criou um mundo novo,
Onde tudo que existe é ela, suas vontades e seus sonhos.
Debaixo de uma antiga figueira,
Ela cria seus contos de fadas
E mata os príncipes encantados que nunca aparecerão para ela.
Ali ela é deusa, ela é a Lua ou as Estrelas,
Princesa ou bruxa má. Ali ela é o que quiser ser.
Debaixo da velha árvore ela vê seu reflexo zombando dela,
Vê sua imagem distorcida pelas gotas de lagrimas que caem.
Ali ela tenta encontrar significados para os mistérios do universo,
Tenta entender porque doe tanto não saber o que lhe causa dor,
Pergunta-se por que ela vive se ninguém se importa com sua vida.
Ali, debaixo da figueira, ela vive seus medos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ausência


Vazio de um lado...
Vazio do outro...
Onde todos foram?
Onde foi que se esconderam? Onde foi?
Silencio do lado de fora...
Silencio do lado de dentro...
Onde foi que vim parar?
Para onde foi que meus passos me trouxeram? Onde foi?
Queria entender que dor é essa
Que força minhas lagrimas a rolarem,
Que leva meu corpo a se esconder num canto frio qualquer.
Queria entender porque sinto tanto sua ausência.
Não deveria doer tanto,
Você nunca foi tão indispensável a ponto de causar dor
Pelo menos era no que eu queria acreditar...
Mas já não consigo me enganar.
Já não suporto essa constante presença
Da sua ausência.

domingo, 4 de julho de 2010

Liberdade


Porque está aí de cabeça baixa,
De fone de ouvido e encolhida num canto?
Porque se esconde, se cala e se fecha?
Qual seu medo menina? Qual seu medo?
A vida nunca te derrubou,
Pois você nunca saiu do chão.
Levante, plante seus pés na terra
E grite para o mundo que não importa
O que venha acontecer
Nada a fará cair.
Olhe inocente criatura, olhe os raios de sol
Que lhe batem à janela;
Ouça os pássaros que entoam canções de liberdade.
Vá menina, vá! Voe com os ventos!
Seja uma fagulha luminosa para alguém.
Torne-se livre!