domingo, 28 de março de 2010

Caminhos


E agora o que faremos?
Cada um deve seguir sua vida?
Mas se eu disser que você é minha vida?
Isso significa que eu devo te seguir?
Mas o caminho que você tomou
Não permite que eu vá junto.
Devo ficar aqui e te ver sumir
Envolvida nas trevas que você criou.
Eu queria poder estender a mão
E encontrar a sua.
Queria poder abrir os olhos
E ver que você ainda esta aqui.
Queria convencer meu coração
Que você nunca existiu,
Que tudo não passou de um belo sonho
Assim, quem sabe, não doeria tanto.
Mas eu não consigo apagar
A dor da lembrança
Nem a dor do frio vazio que você deixou.
Tá difícil manter o disfarce,
Não gritar a angustia que me atormenta.
Tá difícil dizer que fiquei bem
Quando na verdade eu queria ter ido com você.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Insônia


Era para eu estar dormindo
A lua já esta alta no céu,
Mas não tenho sono
Minha mente vaga pelas minhas lembranças
Procurando risos e lagrimas,
Relembrando sonhos e ilusões,
Avivando desejos e criando fantasias,
Piorando a dor da saudade...
Mas de repente ela para,
Aquieta-se, devaneia,
Encontrou um rosto,
Ouviu uma voz ecoar por todo canto.
Provoca em mim uma angustia no peito.
Minha alma chora!
Era você!
Estendo a mão, tento te tocar,
Mas você desaparece.
Grito seu nome.
Em forma de silencio você responde,
Diz que não vai voltar.
Que nada será como antes.
Mas eu não acredito nisso,
Acredito na esperança,
Pois pode o destino ter te levado;
Pode o horizonte onde se perdeu ser inatingível;
Pode a vida criar abismos entre nós;
Pode minha voz se calar,
Mas toda vez que se lembrar de mim, nascerei de novo
Toda vez que me procurar, estarei lá
Enquanto me amar, viverei.
Irei ser seu apoio quando ameaçar cair
Guiarei teus passos para a felicidade
Aquecerei seu coração
Amarei-te...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Bailando no céu


Não se envergonhe das lagrimas que choro,
Não fuja assim dos meus abraços,
Não ignore esse amor que lhe entrego,
Não se desfaça desse coração que te dei,
Não tenha raiva das palavras que digo,
Pois minhas palavras, amor,
Coração, abraços e lagrimas,
Só traduzem o carinho sincero que lhe devoto.
Atenda ao pedido dessa alma perdida
Que só pela esperança de ter felicidade
Ainda habita este vil pedaço de carne.
Não transfigure as palavras
Que vem como grito desesperado do seu coração,
Não tente manter os olhos secos
Quando sua alma esta em pranto.
Venha! Ame, arda, deseje...
Se entregue a essa paixão
Que retratada por grandes poetas,
Pois fim em brigas de famílias
Superou diferenças sociais,
Matou, criou, sofreu, sobreviveu.
Venha! Se entregue aos meus abraços,
Tire meu fôlego com um beijo,
Queime meu corpo com o calor do seu,
E assim, quando, mais alegria
For impossível existir,
Possam nossos lábios sorrirem
E nossas almas bailarem no céu.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Leve-me


O Sol se ofusca quando se depara com tamanha beleza.
As rosas se pudessem
Sentiriam inveja da maciez dos teus lábios
Não há pássaro, nesta ou em outra terra,
Que tenha um canto que se compare ao teu.
Tua presença extingue meus suspiros,
Cala meus desejos,
Supre minhas vontades.
Oh musa que inspira minhas palavras
E me embala nos mais deliciosos sonhos,
Leve-me! Leve-me para onde quer que os ventos soprem.
Não me importo com qual será meu destino,
Não me importo se vivo ou morto,
Não me importo se rico ou falido.
Nada de material ou imaterial pode superar
A estima que lhe tenho.
De todo meu ser eu lhe rogo
Que aceite essa humilde poesia,
É a única coisa que tenho a oferecer,
Pois meu coração e minha alma
Já me roubas-te há muito tempo.

sábado, 20 de março de 2010

Quantas vezes


Quantas vezes pedi aos céus
Que me arrancassem o coração
Para não mais sentir essa dor,
Causada pela sua ausência.
Quantas vezes fechei os olhos
Para que eles não se perdessem nos seus.
Quantas vezes mudei de caminho
Para não me aproximar de você
E me embebedar com seu perfume.
Quantas vezes eu falhei.
Tentando não te amar,
Perdi o coração.
Tentando não te ver,
Perdi a lucidez.
Tentando não ficar com você,
Perdi a sanidade.
O que me resta são paginas em branco
E uma alma atormentada.
Com a pena na mão,
Choro palavras.
Com a felicidade distante,
Escrevo ilusões.

sábado, 13 de março de 2010

Castelo de areia


O sorriso que fazia o tempo parar,
A voz que traduzia amor,
A presença que exalava paz,
Tudo isso ficou no passado.
Tudo voou.
Assim como essas palavras voaram.
Todo o sentimento daquela época
Transgrediu e se dissipou
Na imensidão do silencio entre nós.
É melhor esquecermos nossas promessas,
Já não tem sentido cumpri-las.
Hoje, relembrando as nossas juras de amor eterno,
Vejo como éramos tolos.
Com o passar do tempo,
Sua presença ficou vazia,
Seus abraços eram frios
E seus beijos indiferentes.
Começamos a nos sentir desconhecidos.
Nossa relação era um castelo de areia a beira-mar.
Bastou uma pequena onda para que tudo desmoronasse.
Cada grão que ergueu aquele castelo se separou,
Tornou-se parte de um universo infinito.
Agora são pequenas partículas solidas
Dispersas num oceano de lembranças

segunda-feira, 8 de março de 2010

Último pedido


A madrugada está acabando
Daqui a pouco os raios da aurora
Inundarão os olhos teus
Com seus raios de beleza
E eu já não mais estarei aqui.
Terei sumido junto com noite,
E passarei a viver como as estrelas.
Você não poderá me ver
Enquanto a luz da tua viva permanecer acesa.
Mas saiba que sempre estarei aqui,
Sempre estarei ao teu lado.
Então devo aproveitar este breve momento,
Para te dizer que não deixe que coisas ruins
Manchem as paginas da tua historia.
Devo te pedir para não chorar,
Mas se for fazê-lo, que seja de alegria.
Também não fique com raiva,
Isso não vai ajudar a deixar tudo mais fácil.
Já esta na hora de acordar.
Veja que lindo amanhecer,
Veja como nada mudou no mundo
Depois que o destino me levou.
Esta na hora de eu partir!
Mas antes te peço uma ultima coisa,
A coisa mais importante.
Continue vivendo!
Viva como se cada dia fosse o passo de uma jornada,
Pois sem o passo de hoje,
O de amanhã não poderá ser dado.
Siga em frente, não desista dos seus sonhos,
Porque são os sonhos que nos direcionam na vida.



(uma conversa, saudade, amizade, um conselho... a essas coisas agradeço por terem sido a inspiração desta pequena poesia...)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Indecisão

Tentei por vezes escolher

Entre o sim e o não,

Entre o certo e o errado,

Entre o desejo e a razão.

Tomei decisões, mas voltei atrás em todas.

Fechava os olhos por horas,

Tentando lembrar como era a vida antes de você.

Arrisquei imaginar a vida hoje sem você.

Em ambas só vi um vazio.

Não consigo assumir que você faz tanta falta

Não devo... Não quero...

Às vezes me pego pensando

Na primeira vez que te olhei nos olhos,

Fiquei perdido, viajando por aquele céu negro.

Mas um dia perdi meu chão

E todas as minhas esperanças

Foram levadas pelo vento daquela tarde de outono.

Não havia nada a ser feito.

E hoje estou aqui,

Tentando apagar a memória de você sumindo no horizonte;

Tentando mudar, tentando acabar com essa indecisão,

Tentando pegar o telefone

Para te dizer

Que se um dia o sol brilhou para mim

Foi quando ganhei um sorriso seu.