domingo, 31 de janeiro de 2010

Não se esqueça...

Não se esqueça de mim.

Não se esqueça das nossas manhãs

Das nossas tardes, das nossas noites...

Não se esqueça do seu sorriso quando eu chegava.

Não se esqueça das suas lagrimas quando eu partia.

Não se esqueça das suas promessas

Não se esqueça também das minhas,

Pois vou cumpri-las.

Não se esqueça dos seus suspiros quando eu te tocava,

Nem dos seus arrepios e dos seus calafrios.

Não se esqueça da nossa paixão.

Não se esqueça que um dia eu te disse “te amo”.

Não se esqueça que você disse isso antes de mim.

Não se esqueça que eu pedi calma

E que foi você que se precipitou.

Não se esqueça que eu disse que era perigoso

E que foi você a imprudente.

Não se esqueça que foi você quem terminou.

Não se esqueça que foi você quem pediu ”me esqueça”.

Não se esqueça que fui eu quem chorou,

Ficou sem chão e sofreu as conseqüências.

Não se esqueça que fui eu quem teve de superar.

Não se esqueça que você pediu para voltar.

Não se esqueça que foi você que perguntou “o que farei”.

Não se esqueça da minha resposta:

“Não se esqueça de mim,

Mas eu já me esqueci de você”.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sonhos


Sozinho na escuridão do meu quarto

Ouço a chuva cair

Ouço as gotas batendo na janela

Convidando-me a viajar com elas.

Deitado na minha cama

Olho para o teto

E vejo um céu azul, uma campina,

Pássaros e nós dois.

O sono não vem!

Continuo ali observando aquela alegria.

Lembrando de quando eu a tinha aqui, perto de mim.

Uma lágrima rola.

Turva a imagem daquele sonho perfeito.

Levanto, abro a janela.

Sinto o suave vento das noites tempestuosas.

Contemplo as gotas que caem

Tão livres e tão perfeitas...

Sento na janela com os joelhos colados no peito,

Quero me sentir seguro.

Fecho os olhos e lembro os seus olhares e sorrisos.

Outra lagrima... Mais uma... Várias...

Que vão se juntando à chuva,

Tornando-se livres.

Parece que a tristeza quer se dissolver.

Mas ainda dói.

Abro os olhos, como eu queria que essa dor fosse apenas sonho

Como eu queria que te beijar não fosse apenas um sonho;

Olho para o céu e vejo escuridão banhada com chuva;

Olho para dentro de mim e vejo escuridão banhada com saudade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Máscara



O que há por trás dessa máscara?

Será que é o rosto de uma mulher querendo ser menina?

Ou o rosto de uma menina querendo ser mulher?

O que esconde?

Porque se esconde?

Tem medo da duvida?

Medo da incerteza de saber o que é real: você ou o mundo?

Você é um enigma!

Mas, ao contrario da maioria das incógnitas,

Você não quer ser descoberta.

Não agora! Não de qualquer jeito! Não por qualquer um!

E nem deve!

Você é um enigma para ser contemplado

Não resolvido.

A máscara... O rosto atrás da máscara...

A pessoa atrás do rosto...

Tudo faz parte do mistério.

Tudo faz parte de você!

Porem um daí a máscara cai;

Um dia você se mostrará como é;

Um dia você será real;

Um dia contemplar suas expressões, suas palavras,

Suas entrelinhas, suas faces...

Será contemplar você!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ventava


Ventava!

O sol já se despedia

A lua já iluminava o seu céu

De ilusões e sonhos.

Parecia que finalmente chegara a hora

De colher os frutos da sua cruzada.

Só você sabe o quanto demorou;

Só você entende o que é paciência;

Só você sabe o quanto doeu;

Só você!

Mas agora, enfim, dará certo!

Tudo pronto, o plano correra bem,

Os acasos eram todos a seu favor,

Finalmente você seria feliz.

Risos, conversas, implicâncias...

Estava tudo perfeito!

E então aconteceu.

Calafrios, suspiros, medo, calor,

Perfeição!

O dia amanhece

É inverno e você vê flores,

Chove e você não vê nuvens,

Está só, mas ainda o sente.

Inocente menina!

Achou realmente que seria para sempre?

Pensou, ainda que por segundos,

Que ele sempre iria ficar ao seu lado?

Presumiu que a felicidade te pertencia?

Menina boba!

Ele voou como o vento

Ou você não percebeu que ventava?

domingo, 3 de janeiro de 2010

FELIZ ANO NOVO!?!?


Os fogos de artifício estouravam

E iam deixando teias de fumaça.

Os sons das explosões

Hipnotizavam o povo que assistia.

O show de cores

Iluminava o mar de cabeças iludidas.

Cabeças iludidas e vestidas de branco.

Aquela praia, naqueles breves minutos,

Era um covil de criação de contos de fadas.

Todos imaginavam sucessos e conquistas.

E eu era apenas mais um na multidão.

Também olhava o show de luzes e sons...

Também criava contos...

Também tinha a imaginação voando...

Vagando... Se perdendo...

Pensava em planos e em como frustrar eles.

A cada explosão de cores

Mais longe minha razão ficava dos meus pensamentos.

O grito da multidão a minha volta

Tornavam-se sussurros...

E eu vagava em ilusões.

Ilusões não tão ácidas como a vida real,

Nem tão doces como os sonhos,

Ilusões perfeitas...

E então uma mão no ombro

E uma voz que se dirigia a mim

Trouxe-me de volta a realidade

“Feliz ano novo!”