domingo, 30 de janeiro de 2011

Momentos


Quais são os momentos que definem sua vida?
Se fosse dada a você a chance de escolher os momentos que você quer guardar para sempre, quais seriam?
Nossa vida é feita de momentos bons, ruins e irrelevantes.
Os irrelevantes servem apenas para preencher espaços vazios,
Os bons servem pra te animar a seguir vivendo,
Mas são os momentos difíceis que te definem.
Neles aprendemos a nos manter de pé,
Aprendemos que os desgostos são pra mostrar que a vida é saborosa,
Basta apenas saber saborear.
Sempre gostei dos momentos ruins,
Neles é possível avaliar o quão maduro somos,
Neles é possível aprender.
Não se aprende vencendo,
O maior aprendizado está em saber valorizar o que nos faz mal.
Mas e quanto a desperdiçar momentos?
Que mal isso pode fazer às nossas vidas?
Depende! Tudo depende!
Só é possível saber o mal que ser desatento para os momentos que passam
Pode nos causar depois que eles passam.
Aí aparecem os “se”, mas as hipóteses não resolvem problemas
E não é possível se voltar no tempo...
Então boa sorte para conseguir fazer a coisa certa no momento certo,
Se não conseguir paciência, a vida é assim.
Tenta da próxima!

Sob estrelas


Eu estava com a cabeça apoiada em seu peito
Escutava seu coração seguindo um rítmico compasso,
Via minha mão sobre a sua,
Sentia o calor do seu abraço,
Sentia o frio da sua presença.
Meus pensamentos viajando nos tempos,
Tentavam mudar o passado,
Evitavam ficar no presente,
Rezavam por um futuro mais acolhedor.
Não havia palavra que pudesse ser dita,
Todas entalavam na garganta e se recusavam a sair.
Todos os sentimentos se misturaram,
Já não sabia se sentia desapontamento ou alivio,
Raiva ou alegria...
Certezas e incertezas vêm à tona
Criando uma atmosfera pesada, confusa e asfixiante.
Todas as imagens que vinham na memória
Mostravam apenas o quão incerto as coisas seriam.
Mas apesar de tudo,
Apesar de todas as ações,
De todas as magoas, de todas as duvidas,
Estávamos ali, deitados sobre o capô do carro,
Sob a imagem das estrelas
E afogados num oceano de entrelinhas e subjetividades.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O alcançar do infinito


Era uma noite de céu límpido e as estrelas e a Lua bailavam no céu. Porém isso não tinha importância alguma para um jovem rapaz que, deitado em sua cama, via as horas se arrastarem e pedia a Deus que acelerasse o tempo. Sua cama, velha e frouxa, rangia ao mínimo movimento, por isso o jovem estava estático, completamente paralisado a contemplar os manchas de infiltração que decoravam o teto de todo o apartamento. Cansado de esperar a manhã chegar, levantou-se, e foi em sua procura.
Quando chegou à rua, lamentou-se por não ter posto um casaco, pois a madrugada estava fria e os vapores de sua respiração subiam como se fizessem parte do seu intimo que clama por liberdade. Não sabia ao certo onde queria ir, só uma coisa estava perfeitamente decidida: ele tinha que sair dali, precisava se distanciar daquelas paredes que o sufocava.
Olhou para sua direita e viu a rua que subia mais para o interior de seu bairro. Olhou para a esquerda e viu, ao longe, o infinito. Por um momento desejou poder alcançá-lo. Imaginou que lá seria um lugar onde a única coisa possível de se escutar seria o silencio absoluto, o silencio pelo qual ele passou as ultimas semanas rezando. Decidiu que seria para lá que caminharia, mesmo sabendo que nunca chegaria nem perto do seu insano desejo.
Pôs as mãos no bolso e se afundou na blusa que vestia e pôs-se a caminhar. No começo da viajem observava o chão, mas percebeu que entre observar o chão da rua e observar o teto de seu quarto, era melhor observar o teto. Pelo menos ele estaria deitado e aquecido. Então olhou para frente. Nessa hora viu que se aproximava de um casal que caminhava na direção contraria a sua. Tentou analisar as características físicas do casal, mas foi impossível. Não conseguiu desgrudar os olhos do sorriso da mulher e nem do brilho nos olhos do homem. Supôs que aquilo fosse felicidade em seu mais simples significado. Ficou em certa parte constrangido em não conseguir desviar o olhar, mas decidiu que não se importava. Ele não se importava com as opiniões dos outros sobre ele, pelo menos não por aquela noite.
Depois de passar pelos apaixonados seguiu seu caminho. Não deu nem dez passos quando percebeu que uma senhora passeava com seu cachorro pelo outro lado da rua. Ficou, lógico, intrigado por ver uma senhora de idade dando uma voltinha com seu poodle em plena três da manhã. Presumiu que não poderia ser porque o animal passou a ultima uma hora latindo, pois a mulher exibia um sorriso de prazer na face. Questionou-se se aquilo também poderia ser considerado um sinônimo para felicidade. Parou uns instantes para admirar a cena.
Quando recomeçou sua caminhada percebeu que não poderia ir muito mais longe, pois chegara á calçada da orla da praia. Mas ele não se deteve ao ver que a sua frente só havia areia e depois desta, água. Continuo seu caminho. De sapato mesmo ele começou a pisotear a areia que fazia um agudo som a medida que seus passos a comprimia. Seus olhos estavam presos ao horizonte. Queria, em seus devaneios, ir andando até alcançar o Sol. Queria ir pra um lugar onde só existisse ele e seus pensamentos. Deu mais uns passos até ficar com a água pelos joelhos - sequer se importou em retirar os sapatos.
Seus olhos ficaram fixos na água e exibiam uma luz única que, se ele pudesse ver, passaria horas contemplando. Devagar foi colocando a cabeça para trás com seus olhos percorrendo o céu. Viu estrelas, invejou-as. Viu cometas, pediu carona. Viu a Lua, apaixonou-se. Passos pra trás. De volta a areia. Um corpo pendendo em direção ao chão, de braços abertos e olhos fixos no astro símbolo dos apaixonados. Ele cai! Fica ali por minutos que pareceram horas. Vez ou outra se arriscou em falar algumas palavras para o céu. Teve vezes que ele podia jurar ter tido respostas. E então, pensando na felicidade, percebeu que aquilo também podia ser um dos seus sinônimos.
Quando o dia começou a raiar foi que ele percebeu que tinha alcançado seu sonho. Depois de seu dialogo com a lua percebeu que tinha alcançado o horizonte. Descobriu que o infinito está dentro de nós e que basta nos descobrirmos para descobrir o que se esconde além do arco-íris

sábado, 15 de janeiro de 2011


Quando o sol se por e as estrelas não surgirem no céu;
Quando a chuva cair e as águas queimarem seu corpo;
Quando o vento soprar e o ar não chegar aos seus pulmões;
Quando o chão tremer, o mar secar e o mundo chegar ao fim
Eu ainda estarei aqui segurando suas mãos,
Mantendo a luz dos seus olhos sempre brilhando.
Se o chão se abrir, te levarei para voar comigo.
Serei o apoio que o destino exigir para você.
Serei o pilar que manterá seu mundo de pé
E também serei os tijolos que o fará maior e mais forte.
Eu sou a parte do seu conto de fadas que é real.
Não sou o príncipe encantado!
Sou o ombro que vai receber suas lagrimas caso ele se vá
Ou o riso mais alegre caso ele te peça em casamento.
Serei a lua que ilumina sua escuridão e o sol que te aquece o corpo.
Serei a estrela cadente que atende seus pedidos.
Serei seus sonhos!

Estarei contigo não importa a tempestade
ou o quanto os ventos soprem me levando para longe.
Segurando a sua mão te ajudarei a caminhar
por essa estrada cheia de surpresas e duvidas.
Quando tudo parecer perdido e sem sentido
serei seu caminho de volta e sua estrela guia.
Não irei para longe e mesmo que eu vá
meu coração sempre estará com você.
Seu sorriso é minha felicidade
assim como seu choro é minha tristeza.
Se for para cair, que seja em graça;
Se for pra sumir, que seja no pique-esconde;
Se for pra derramar lagrimas, que seja por causa da cebola;
Se for pra se despedir, que seja da dor.
Te quero sempre aqui onde você está:
no meu coração.
Quero que você seja feliz porque afinal eu tambem preciso ser feliz