quarta-feira, 14 de março de 2012

Luxúria

A noite tinha se iniciado cinza
E as estrelas brincavam nas nuvens,
Que, sopradas pelo vento,iam dirigindo-se para um horizonte distante,
Tão distante quando o amanhã.
A Lua cheia pouco a pouco se assanhava na vasta imensidão do céu,
O qual começava a ficar tão negro quanto o futuro certo do casal que contemplava-a.
Eles estavam deitados apenas com o Universo no plano de visão.
Ao fundo uma música tocava,
Mas eles não ouviam,
Pois era abafada pelos suspiros e sons emitidos a cada toque do parceiro.
As mãos viajavam e exploravam lugares proibidos aos olhos.
Os beijos eram intensos e acendiam os corpos.
Que respondiam pedindo por mais.
E mais era lhes dado,
Provocando uma avalanche de luxuria e desejos que eram materializados em suor
E expressos em gemidos surdos.
Os músculos se contraiam, as veias e artérias dilatavam,
A adrenalina subia e a libido era saciada.
A cada investida de prazer, as mentes iam nas alturas,
Transmutavam por mundos irreais,
Mundos onde o agora dura para sempre!

2 comentários:

Vida de garota disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margá Menezes disse...

"Chegar ao centro, sem partir-se em mil fragmentos pelo caminho.
Completo, total. Sem deixar pedaço algum para trás."

Caio Fernando Abreu
seu post me fez lembrar de CFA.

Parabéns pelo blog! (;